E como os principais dos sacerdotes e os nossos príncipes o entregaram à condenação de morte, e o crucificaram. E nós esperávamos que fosse ele o que remisse Israel; mas agora, sobre tudo isso, é já hoje o terceiro dia desde que essas coisas aconteceram. Lucas 24:20, 21
Às vezes bastam apenas alguns minutos para o quadro em minha janela mudar completamente. O dia começa com um cenário maravilhoso, com os raios solares iluminando as nuvens mais altas, trazendo um prenúncio de bom tempo. De repente tudo muda, em poucos minutos.
Que perspectiva de glória tinham os discípulos do Senhor diante de seus olhos, quando O conheceram, quando viram Seu poder e sua autoridade sobre os elementos. O vento e o mar lhe obedeciam. As enfermidades fugiam dEle. O alimento se multiplicava como num passe de mágica para alimentar multidões.
No breve período de Seu ministério eles também tinham visto Sua rejeição, mas o que era aquilo diante de tamanho poder? O que os homens poderiam fazer com Aquele que tinha vindo para remir, para libertar Israel do jugo de sua escravidão imposta pelo invasor romano.
De repente tudo mudou. Aquele que eles esperavam ver num trono, reinando sobre Israel, estava nu, coroado de espinhos e pregado numa cruz. De Seu lado ferido saía sangue e água. Os elementos, antes sujeitos a Ele, pareciam sucumbir diante de Seu abandono e dor. O sol recusou-se a mostrar sua luz e a terra entrou em convulsão.
A aparente derrota do Cristo era, na verdade, a maior de todas as vitórias. O jugo e a opressão das quais Seus discípulos seriam libertados naquela hora eram muito maiores e mais sérios do que o mero domínio do invasor. Não era César o soberano do qual seriam libertos. Ali, naquela cruz, estava o vencedor do príncipe deste mundo, da antiga serpente, Satanás. O verdadeiro opressor.
"Considerai, pois, aquele que suportou tais contradições dos pecadores contra si mesmo, para que não enfraqueçais, desfalecendo em vossos ânimos". Hebreus 12:3